terça-feira, 20 de novembro de 2012

Príncipe Idiota


Só quem é brega merece um namorado.
Só quem nunca teve envolvimento casual é que merece
flores e bombons na porta de entrada.
Só quem nunca ousou é que merece serenata ao fim de tarde esperando o luar chegar.
Só quem é virgem merece surpresa...
“Tenho PENA de você... Nunca viveu nada verdadeiro.”
Eu mereço? Não, eu não presto.
De acordo com um príncipe idiota eu não sou merecedora de nada. Ele mesmo disse: “Se eu soubesse de tudo antes, eu nunca tinha olhado pra você.”
A grande merda é que me apaixonei pelo tal príncipe e agora se eu quiser flores e bombons na porta de entrada, serenata ao luar e surpresas, eu tenho que pedir, avisar e planejar.

Dia 12/06/2012 – “Talvez eu que o fiz assim, tão sem clichês básicos, porque eu que vim assim: tão sem romantismo.”

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Sentidos.


Vejo-te. Cada vez que o meu olhar encontra o teu, mesmo que por longos segundos, consegues ver os meus mais ocultos segredos...   Hoje chega amor, não quero mais esconder. Quero que devasse meu olhar que é o meu maior segredo e o encha de lágrimas, lavando assim, todo o medo da alma. Penso em te falar. Preciso te falar, tudo o que está aprisionado pelo medo... Tomo coragem e devagarzinho, o medo do amor se torna areia que se pega com as mãos: Escorre entre os dedos.  As sensações aumentam a cada batida forte do coração: Aquece a garganta e me dá frio no estomago. Tento retomar o fôlego, para enfim, te falar o segredo. Mas espere, você respira forte também. Quero te ouvir, cante para mim, as palavras engasgadas, que te fazem suar e perder o fôlego. Quero ouvir o som das borboletas voando. Você diz pra mim, palavras simples e sinceras, e por um instante o coração para de bater e volta logo em seguida, com grande rapidez, que nem asas de beija-flor. Na madrugada fria, te toco a alma e o corpo. Desliza suas mãos sobre minhas curvas e me beija a boca. Devora-me a mesa de jantar.  Com o coração encharcado de amor e corpos exaustos, adormecemos ao som do choro dos céus, porque finalmente os guerreiros abaixaram os escudos e abandonaram as armaduras, para enfim, ficarem nus na alma. 

O pó chamado você na casa do meu coração.


   Estava nascendo, crescendo algo por ti, pena que tu impediste tão cedo de se desenvolver, de florescer... E eu nunca fui de insistir numa coisa que eu vejo que não irá dar em nada. E você mesmo confirmou isso pra mim. Eu já tinha imaginado tanta coisa pra gente, tanta felicidade, tanto amor. Isso tudo agora virará pó e esse pó vai me fazer adoecer, irei gripar de amor. Tomarei xaropes de músicas tristes, analgésicos de bebedeiras. Terei febres nas noites de balada e chamarei teu nome quando eu estiver limpando meu estomago. Irei tomar nebulizações de conversas com amigos, depois que meu nariz de tanto chorar, entupir. Quando o sol raiar, minha cabeça irá explodir, terei ressaca de você. Ah, meu bem, quando eu estiver recuperada irei pegar a vassoura do vinho, o espanador da alegria e limparei o pó da minha casa e darei uma festa eterna para nunca esquecer de que um dia eu deixei o pó entrar e sujar toda a minha felicidade.

Familiar.


   Outra noite de insônia. João vai à varanda, o dia está amanhecendo. Ele sente o sol aquecer seu corpo, a brisa leve, um vento frio, batem no seu rosto. E finalmente ele se sente em paz de novo. Essa paz que ele deveria encontrar no lar. Ele reflete e se sente vazio recordando os últimos acontecimentos. Como conviver com personalidades diferentes todos os dias? Porque é fácil demais viver harmoniosamente com pessoas que tem atitudes e ideais como os nossos, mas o que se deve fazer quando tudo é desigual? Como aceitar opiniões e atitudes contrárias a tudo o que a gente é? João está cansado de se sentir solitário ao mesmo tempo em que está rodeado de pessoas. Está cansado de ouvir descriminações e abuso de poder. Está cansado do falso lar. Cansou da incompreensão e da discriminação. É que ele gosta de fazer coisa proibida pra sentir livre, pra poder, de algum modo, nem que seja apenas aquele instante, se sentir ele, ele mesmo, sem amarras e mascaras. Ele quer é voar com as próprias asas, fazer e seguir seu próprio caminho... Mas João já tem essa liberdade, só que ele paga um preço alto por ela: Aborrecimentos diários.  Está cada vez mais difícil achar na sua alma, mesmo que ele busque lá no fundo, um dia em que valeu a pena viver naquele lar, e ele se entristece mais ainda quando lembra que este deveria ser um lugar de apoio, aconchego e amor e dá nele uma vontade desesperadora de ir embora, mas lhe falta coragem porque de alguma forma ele se sente amado de um jeito totalmente torto.  O sol começa a esquentar demais e João volta para dentro e coloca pra tocar uma música de Maria Bethânia, que vai dizendo “Apesar de você amanhã há de ser outro dia” e se sente melhor outra vez.  

Contos.




Ela precisava escrever. Ela precisava escrever para ele hoje. Ela nunca havia mencionado, mas se expressava melhor por escrita porque sentia que na fala sempre deixava algo passar.
Ela sentia que pra ele a estória deles nada havia significado, pois ele não poderia ser dela, mas de qualquer forma, ela nunca havia se sentido tão feliz. Ela não queria viver daquele jeito, não queria sonhar sozinha. Ele queria vê-la e ela tentou evitar, mas quem disse que seus instintos suportaram? Deixou o desejo dominar. A culpa era dos dois. Como esquecer a respiração dele mais forte? Toda aquela vontade de que pertencesse um ao outro, nem que fosse apenas por aquele espaço de tempo. Ela queria tanto, mais tanto, que precisou deixar a alma gritar. Ah, como esquecer as suas mãos deslizando sobre ela, puxando para ele, possuindo-a. Como esquecer todo o caminho que percorreram naquela manhã, caminho longo entre quatro paredes?! Como deixá-lo ir embora, não simplesmente ir embora dali, mas ir embora do seu coração. Ela não queria, não quer isso, mas também não quer o que ele pode lhe dar. É tão pouco, tão curto. Não, raspas e restos não a interessam. Ela estava conformada com o fim da “Mentira Sincera” que nem iria se machucar, mas é ele quem ela quer. Hoje, agora, de qualquer jeito. O sentimento não pode existir. Ele tem medo, apreensão, fidelidade a amada e ela respeita. Enfim, pensa: Mas meu bem, nem tudo que a gente sonha, é sonho. 

Detalhes de uma fotografia estampada numa tarde vazia.


   Pensamentos em estado gasoso. Dispersos. Sinto que carregas um iceberg no peito e eu com uma necessidade imensa de ser singular. É só por instantes. “Retratos estampados do nosso amor, em preto e branco” em cima da mesa. Retrato maldito estampado numa pequena tela. Estampado pra mim apenas. Chega ser mais que distração, é burrice. Não, espere: É um simples detalhe de decoração. E o meu medo é que você estampe também no coração. Palavras da alma travam em minha garganta. A sensação que me traz é de que eu supro um vazio. Retratos estampados são com o propósito de lembrar. Olhamos e lembramos-nos de um tempo bom, algo agradável. Como assim, lembrar? Guardar recordações é não esquecer. Não, você ainda não esqueceu seu amor... E começo a acreditar que realmente existe amor eterno e isso machuca. Parece que vou traçar uma luta que há tempos já está vencida e embora eu tenha lança e armadura não poderei atacar. Só me defender.
   Na leve olhada que dei senti um frio na espinha quando percebi cada detalhe. Transparecia um sentimento e para mim foi o pior do dia. Passei um bom tempo com um nó na garganta e aperto no coração. Evitei ao máximo olhar novamente. Você guardou a lembrança num lugar onde eu nem procurei saber, embora tarde demais. Acho que o meu olhar te disse tudo. Quando é que você vai perceber que são detalhes significantes que me incomodam? Os meus olhos te revelam o que sinto como não revelam a lágrimas secas que escorrem deles? Não posso, não quero, não vou te dizer. A cada lembrança que você não apaga, a cada detalhe que você esquece... Infinitos pensamentos. Infinitas ideias. Infinitas formas de machucar, mas já te amo e algum dia te disse que somos um só. Lembra?
   Corre amor, corre pra ser meu e só meu e livre de detalhes passados... Não deixe que com o passar dos anos eu canse e acorde do sonho e perceba que apenas perdi meu tempo sonhando algo impossível: Seu AMOR por mim. 

Eu, andarilho.


Eu, andarilho.
Que por muitos caminhos percorri...
Que por devaneios procurava, nas ruas e estradas
Ao longe te vi.

Eu, andarilho.
Que me aproximei sem perceber,
Que te falei sem saber
Que te fazias surdo as minhas frases.

Eu, andarilho.
Fiz do meu corpo tela e te dei.
Pincelastes: vermelho amor, amarelo sol, verde flor. 
 Pintou um sorriso em meus olhos. Disfarce da partida.

Eu, andarilho.
Que achei ser raio de trovão, sorriso em multidão.
Que estaquei o arbítrio de te querer
Retraí o coração e segui.

Rimas tristes e sem graça.


Tu me dizes que tem um presente
Um presente lindo pra me dá
 Fico curioso com o que pode ser
Estarias tu a querer me surpreender?

O dia passa com lentidão,
Eu aqui, imaginando um montão
Quase sufocando de tanta emoção.

Chega a hora do agrado
Espere, não era presente.
Era apenas teu sobrado...

Vem correndo...



Vem correndo, depressa!
Que o tamanho dessa espera
É de partir o coração.

Vem correndo, ardendo!
Quero ver nossos corpos fervendo
Tentando abrandar essa inquietação.

Vem correndo, sem medo!
Que o que bate em meu peito:
Coisa que os olhos jamais verão.

Vem correndo, sem demora!
Porque já está chegando à hora
E os desejos se esvairão.

Vem correndo, sem pudor!
Com firmeza, força e sabor.
Vem correndo, meu amor!

Everything to me.


Seja doce.
Quero longos olhares, beijos eternos.
Me pega ao colo, leva-me ao ninho para dormir abraçados.
Seja intenso.
Quero o tremor nas pernas, sem ar para respiração.
Seja simples.
Quero andar de mãos dadas, quero olhar estrelas.
Seja firme.
Quero tapas, gritos de prazer, arrepios no corpo.
Dominação. Domina-me como a um leão:
Corte-me as garras e quebre os dentes afiados.
Seja você.
Amo-te com defeitos, até mesmo, os que ainda vou conhecer.
E sabes por que vê quando olha em meus olhos, sente quando toca em minhas mãos.
Ainda não acredita:
Pergunte ao vento, ele vai sussurrar o que eu vivo dizendo: Amo você, amo você, amo você...

Somente flores.


Você é como as flores.
É primavera agora.
 O coração aperta, maltrata e sufoca.

Quero ir ao cemitério e deixar você lá.
Quero um sepulcro bem bonito com os dizeres:
“Eterno enquanto durou.”

Somente flores. Arrancarei de mim seu perfume e beleza.
Eu irei levar belas flores: Rosas, margaridas e girassóis.
Belas flores eu irei levar: Orquídeas e tulipas.

A cada visita irei deixar um pouco de mim.
Estará a minha procura, o seu pensamento?
A cada visita irei deixar um pouco de você que está em mim.

Todos os dias, a frase terna eu irei dizer:
Eu me pergunto agora, meu amor, se será possível,
Um dia, deixar de amar assim.

Um trecho de amor.


 O seu sorriso iluminou os caminhos mais inóspitos de minha alma.
Você caminhou trazendo um pouco de esperança por lugares que tinha marcas
Que eu nem sabia que existiam.  Você é paz.
 O seu amor incendiou o meu coração gelado.
 Você se fez felicidade e deu-se pra mim.
Tento te mostrar o que sinto através de palavras,
Mas o excesso não cabe no meu falar.
Quero cantar, um canto bonito, nosso canto de amor...
Dizendo que mais feliz não poderia ser, que eu não posso
Ter tudo, mas enquanto eu tiver você me sentirei plena. 

Midnight


É quase meia noite.
Escrever sempre me traz um pouco de você
Vago pela casa com o tédio me fazendo companhia
Sim, estou sentindo tua falta

É quase meia noite.
Suas roupas ainda estão espalhadas pelo chão e eu não quero pegar
Seu cheiro ainda está em meu corpo e eu não quero tirar
Nossa cama ainda está bagunçada e eu não quero arrumar
Sim, eu preciso de você aqui

É quase meia noite
Tem música pela casa, suas cordas estão soltas por aí
Ainda consigo-te ouvir afinando a guitarra
Fá, Lá menor, Ré menor, Dó, Fá, Ré, Do, Do
Sim, ainda tem você aqui

É quase meia noite
Mais algumas horas, você irá chegar para dormir comigo
Envolta em seus braços, coberta de beijos de boa noite e
Com brilho nos olhos irei dizer: Demorastes a chegar.  
Sim, fica pra sempre.

Avulso


Limpo e inocente. Imenso.
Meu sentimento por ti, só por ti.
Super herói. Como um pai, pra mim.
Cristal. Delicado e brilhante. Multicolorido.
Minha admiração por ti.
Me salvavas, de mim.
Olhar. Olhos altivos em ti.
Sentimento transparente, sem reservas.
 Bonito assim.
Ruptura. Partindo o coração.
Seu amor, por mim,
Nunca pensei que fosse tão efêmero assim.

O rosto do meu amor.


Nasce do olhar a esperança de se ouvir palavras gentil. Olhar iluminado que, quando se aperta eu faço força para aspirar à alegria do sorriso. Degusto o teu beijo e sinto, sempre, como se fosse o primeiro. 

Cheiro de saudade.


   Pensamento inoportuno em hora inapropriada. Ainda não consegui tirar você da cabeça. Um abraço apertado, um beijo molhado, um olhar encantado. Uma imaginação em você. Eu preciso é atrofiar você em mim e fazer de ti uma lembrança remota. Como proceder? Pergunta sem resposta.
   Despedir-me de você não vai ser simples. Você foi como uma tempestade em minha vida. Veio, destruiu tudo o que existia. Depois de tudo estar limpo, branco, em paz. Vieste e pintaste meu coração como um pintor a tela. Só esquecestes-vos de assinar em baixo, então, a tela nunca poderia ser somente sua. Ah, meu bem, não fazia falta. Eu não queria que você fosse meu, mas, talvez, eu precisasse dos seus braços fortes, das suas mãos quentes... Abraço, beijo, respiração ofegante.
   “É mágica... Na verdade, é mais que isso. É que com a gente é diferente.” Nunca me deixei levar. Hoje, preciso ir, ficarás bem, tenho certeza. Nunca mais ouvira falar de mim. Poderia até dizer que nos encontraremos de novo, mas o que sinto é infinito. Encontrei alguém que quer ser só meu e eu quero (e sou) ser só dele. Adeus. 

É sério amor, me acredites: Alma gêmeas.


Ó só, a gente nasceu um pro outro.
Quando nos mandaram de volta a terra
Procuramos vidas que se entrelaçassem
Porque não iríamos poder viver um sem o outro.

Meu bem ia ser tanta infelicidade... Ia ser de dá dó.
Como viver sem teu sorriso,
sem aquelas dores no peito do sentimento demasiado?!
A minha alma não suportaria ficar longe de ti!

Não poderiam mandar você sem mim...
Te ver partir assim ia ser de cortar o coração!
Mas... Talvez... Não sei.

Sinto que mesmo longe seu amor iria ficar me zelando...
Acordaria novamente com seus pequenos olhos
A me olhar e guardar o meu sono.

Nêgo meu.


Ô nego de raça! Convicto e amigo.
De poucas palavras...  Sorriso encantado.
E eu tenho fascínio por esse sorriso.

Ô nego bonito! Chega dá uma dor.
Braços fortes, mãos precisas, beijo quente.
Quando me ama... Ah! Eu perco o tom.

Ô nego amante! E sabe me valorizar.
E dele sou! Sou só a nêga dele...
Apenas por eu não querer ser a nêga de mais ninguém.

Conversa com o garçom.

   Por favor, garçom, me trás de volta aquele show, aquele canto bonito e amigo.
Aquela vida boêmia de bebedeiras até o amanhecer, 

umas danças em cima da mesa e conversas culturais.
Vai garçom, por favor... Me trás aquelas risadas do nada, aquelas broncas 

e as histórias do meu amigo.
 Aqueles lanches de dois tonhim, as novas pessoas e aqueles erros ocasionais.
Lembro-me do brotar de novos amores, daquele menino que roubou um beijo e correu pro táxi 

e daquela menina que chorou no banco da praça.
Ah garçom, sabe o que é? É que aquilo ali era tudo amor. 

Porque de nada adiantava se a gente não se entregasse... 
Porque amar verdadeiramente é viver numa entrega total. 
E se você me acha muito sentimental, deixe! 
Besta é você que não viveu tantas aventuras e perdeu a chance de ter uma saudade pra chorar.