segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Contos.




Ela precisava escrever. Ela precisava escrever para ele hoje. Ela nunca havia mencionado, mas se expressava melhor por escrita porque sentia que na fala sempre deixava algo passar.
Ela sentia que pra ele a estória deles nada havia significado, pois ele não poderia ser dela, mas de qualquer forma, ela nunca havia se sentido tão feliz. Ela não queria viver daquele jeito, não queria sonhar sozinha. Ele queria vê-la e ela tentou evitar, mas quem disse que seus instintos suportaram? Deixou o desejo dominar. A culpa era dos dois. Como esquecer a respiração dele mais forte? Toda aquela vontade de que pertencesse um ao outro, nem que fosse apenas por aquele espaço de tempo. Ela queria tanto, mais tanto, que precisou deixar a alma gritar. Ah, como esquecer as suas mãos deslizando sobre ela, puxando para ele, possuindo-a. Como esquecer todo o caminho que percorreram naquela manhã, caminho longo entre quatro paredes?! Como deixá-lo ir embora, não simplesmente ir embora dali, mas ir embora do seu coração. Ela não queria, não quer isso, mas também não quer o que ele pode lhe dar. É tão pouco, tão curto. Não, raspas e restos não a interessam. Ela estava conformada com o fim da “Mentira Sincera” que nem iria se machucar, mas é ele quem ela quer. Hoje, agora, de qualquer jeito. O sentimento não pode existir. Ele tem medo, apreensão, fidelidade a amada e ela respeita. Enfim, pensa: Mas meu bem, nem tudo que a gente sonha, é sonho. 

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