segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Sentidos.


Vejo-te. Cada vez que o meu olhar encontra o teu, mesmo que por longos segundos, consegues ver os meus mais ocultos segredos...   Hoje chega amor, não quero mais esconder. Quero que devasse meu olhar que é o meu maior segredo e o encha de lágrimas, lavando assim, todo o medo da alma. Penso em te falar. Preciso te falar, tudo o que está aprisionado pelo medo... Tomo coragem e devagarzinho, o medo do amor se torna areia que se pega com as mãos: Escorre entre os dedos.  As sensações aumentam a cada batida forte do coração: Aquece a garganta e me dá frio no estomago. Tento retomar o fôlego, para enfim, te falar o segredo. Mas espere, você respira forte também. Quero te ouvir, cante para mim, as palavras engasgadas, que te fazem suar e perder o fôlego. Quero ouvir o som das borboletas voando. Você diz pra mim, palavras simples e sinceras, e por um instante o coração para de bater e volta logo em seguida, com grande rapidez, que nem asas de beija-flor. Na madrugada fria, te toco a alma e o corpo. Desliza suas mãos sobre minhas curvas e me beija a boca. Devora-me a mesa de jantar.  Com o coração encharcado de amor e corpos exaustos, adormecemos ao som do choro dos céus, porque finalmente os guerreiros abaixaram os escudos e abandonaram as armaduras, para enfim, ficarem nus na alma. 

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