Vejo-te. Cada vez que o meu olhar encontra o teu, mesmo que
por longos segundos, consegues ver os meus mais ocultos segredos... Hoje chega amor, não quero mais esconder.
Quero que devasse meu olhar que é o meu maior segredo e o encha de lágrimas,
lavando assim, todo o medo da alma. Penso em te falar. Preciso te falar, tudo o
que está aprisionado pelo medo... Tomo coragem e devagarzinho, o medo do amor
se torna areia que se pega com as mãos: Escorre entre os dedos. As sensações aumentam a cada batida forte do
coração: Aquece a garganta e me dá frio no estomago. Tento retomar o fôlego,
para enfim, te falar o segredo. Mas espere, você respira forte também. Quero te
ouvir, cante para mim, as palavras engasgadas, que te fazem suar e perder o fôlego.
Quero ouvir o som das borboletas voando. Você diz pra mim, palavras simples e
sinceras, e por um instante o coração
para de bater e volta logo em seguida, com grande rapidez, que nem asas de
beija-flor. Na madrugada fria, te toco a alma e o corpo. Desliza suas mãos
sobre minhas curvas e me beija a boca. Devora-me a mesa de jantar. Com o coração encharcado de amor e corpos
exaustos, adormecemos ao som do choro dos céus, porque finalmente os guerreiros
abaixaram os escudos e abandonaram as armaduras, para enfim, ficarem nus na
alma.
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