Estava nascendo, crescendo algo
por ti, pena que tu impediste tão cedo de se desenvolver, de florescer... E eu
nunca fui de insistir numa coisa que eu vejo que não irá dar em nada. E você
mesmo confirmou isso pra mim. Eu já tinha imaginado tanta coisa pra gente,
tanta felicidade, tanto amor. Isso tudo agora virará pó e esse pó vai me fazer
adoecer, irei gripar de amor. Tomarei xaropes de músicas tristes, analgésicos
de bebedeiras. Terei febres nas noites de balada e chamarei teu nome quando eu
estiver limpando meu estomago. Irei tomar nebulizações de conversas com amigos,
depois que meu nariz de tanto chorar, entupir. Quando o sol raiar, minha cabeça
irá explodir, terei ressaca de você. Ah, meu bem, quando eu
estiver recuperada irei pegar a vassoura do vinho, o espanador da alegria e
limparei o pó da minha casa e darei uma festa eterna para nunca esquecer de que
um dia eu deixei o pó entrar e sujar toda a minha felicidade.
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