Todo fingimento é torto.
E quando a gente finge
não ter no coração o que
não pode ser dito?
Esse fingimento é bonito.
E nesse engano a gente
erra a conta e esquece
que melhor seria não ter fingido.
De repente se dá conta e vê:
Melhor seria não ter no coração
aquilo que não se pode dizer.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Sobre saudade.
Aquele lugar vazio, o mundo girando e eu sem saber quem sou.
Eu me refaço, desfaço e acabo por ser prisioneiro teu,
atrás das grades, sem direito a banho de sol.
Aonde a lágrima molha o papel eu vejo a loucura perdurar.
Movimento bruscos com o lápis na busca desesperadora por sanidade.
Sim, novamente aquela taça de vinho,
aquela música fodida e aquele sonífero pra tomar.
Como um tolo guardo o nosso retrato,
seu lugar na cama e a mesa pra nós dois.
Solidão, solidão, hoje és tu que me faz companhia,
não importa quem esteja ao meu lado.
Eu me refaço, desfaço e acabo por ser prisioneiro teu,
atrás das grades, sem direito a banho de sol.
Aonde a lágrima molha o papel eu vejo a loucura perdurar.
Movimento bruscos com o lápis na busca desesperadora por sanidade.
Sim, novamente aquela taça de vinho,
aquela música fodida e aquele sonífero pra tomar.
Como um tolo guardo o nosso retrato,
seu lugar na cama e a mesa pra nós dois.
Solidão, solidão, hoje és tu que me faz companhia,
não importa quem esteja ao meu lado.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Fernando Pessoa
Quando nós poderemos nos encontrar a sós em
qualquer parte, meu amor? Sinto a boca estranha, sabes, por não ter beijinhos
há tanto tempo... Meu bebê para sentar ao colo! Meu bebê para dar dentadas! Meu
Bebê para... (e depois o Bebê é mau e bate-me...) "Corpinho de
tentações" te chamei eu; e assim continuarás sendo, mas longe de mim.
Bebê vem cá; vem para o pé do Nininho; vem para os braços do Nininho; põe a tua boquinha contra a boca do Nininho... Vem... Estou tão só, tão só de beijinhos...
Quem me dera ter a certeza de tu teres a saudades de mim a valer. Ao menos isso era uma consolação... Açoites é que tu precisas;
Bebê vem cá; vem para o pé do Nininho; vem para os braços do Nininho; põe a tua boquinha contra a boca do Nininho... Vem... Estou tão só, tão só de beijinhos...
Quem me dera ter a certeza de tu teres a saudades de mim a valer. Ao menos isso era uma consolação... Açoites é que tu precisas;
Um beijo só durando todo o tempo que ainda o mundo
tem que durar, do teu, sempre e muito teu.
Fernando Pessoa
O tempo, que envelhece as faces e os
cabelos, envelhece também, mas mais depressa ainda, as afeições violentas. A
maioria da gente, porque é estúpida, consegue não dar por isso, e julga que ainda ama porque contraiu o
hábito de se sentir a amar. Se assim não fosse, não havia gente
feliz no mundo. As criaturas superiores, porém, são privadas da
possibilidade dessa ilusão, porque nem podem crer que o amor dure, nem, quando
o sentem acabado, se enganam tomando por ele a estima, ou a gratidão, que ele
deixou.
Estas cousas fazem sofrer, mas o sofrimento
passa. Se a vida, que é tudo, passa por fim, como não hão de passar o amor e a
dor, e todas as mais cousas, que não são mais que partes da vida?
Quanto a mim... O amor passou. Mas conservo-lhe uma afeição inalterável, e não a esquecerei
nunca, CREIA! Nem a sua figurinha engraçada e os seus modos de pequenina, nem a
sua ternura, a sua dedicação, a sua índole amorável. Pode ser que me engane, e
que estas qualidades; que lhe atribuo, fosse uma ilusão minha; mas nem creio
que fossem, nem, a terem sido, seria desprimor para mim que lhe as atribuísse.
Peço que não faça como a gente vulgar, que é
sempre reles. Fiquemos um perante
o outro, como dois conhecidos desde a infância, que se amaram um pouco quando
meninos, e, embora na vida adulta sigam outras afeições e outros caminhos,
conservam sempre, num escaninho da alma, a memória profunda do seu amor antigo
e inútil.
Que isto de "outras afeições" e de
"outros caminhos" é com você, Ophelinha, e não comigo.
Não é necessário
que compreenda isto. Basta que me conserve com carinho na sua lembrança, como
eu, inalteravelmente, a conservarei na minha.
Olavo Bilac
Amei-te no primeiro dia em que
te vi: amei-te em silêncio,em segredo,sem esperança de te possuir e sem
refletir. Não quis saber quem eras, nem quis saber se poderias me amar: amei-te
e amo-te cada vez mais.
Olavo BilacSem resposta.
Porque
tu escolhes a mim? O que EU tenho que ela não tem?
Será
que é porque eu te escuto, dou opiniões sobre seus assuntos favoritos, cuido de
você e quero saber realmente como foi o seu dia?
Será
que é porque eu me expresso de uma forma explicita, te chamo pra olhar as
estrelas comigo ou do meu bom humor nas horas trágicas?
Será
a minha mania de te fazer entender que o amor pode ser eterno sem a pessoa
estar presente pra sempre ou serão as minhas taras loucas?
Será
a minha admiração pelas suas mãos ou o meu jeito meio doido de ser?
Será
que é o meu olhar que sempre desvia, o meu sorriso que te encanta ou o fato do
meu cansaço nunca chegar?
Serão
as minhas mensagens antes de dormir, as besteirinhas que eu te falo ou porque
eu insisto em te mimar toda hora?
Só
que nada disso te faz ser meu, nada disso é importante se você me usar só pra
te suprir. Ah o que ELA tem que eu não tenho? (Tempo, suas memórias)
Querido,
diga que gosta de mim, que sente a minha falta, que quando somos um só é
incrível... Diga que sem mim vai te
faltar algo. Faz ao menos, por fingires bem.
Fora do Berço
Querida
progenitora, entenda de uma vez:
Eu não sou e nem
quero ser o que você espera de mim.
Se ainda não
sabes, te admiro muito pouco e tento, ao máximo,
Não ter
semelhanças com o ventre de onde eu vim.
Querida
Progenitora, tentativa frustrante essa sua,
De querer que eu
seja cega e surda, assim como você
Eu gosto é de
muitos casos, estórias pra contar
E aprenda: Do seu
berço, eu quero é longe ficar
Querida
Progenitora, seja querubim
Abre espaço, de
verdade, deixa-me ser livre nas minhas escolhas
E apenas fique do
meu lado quando elas não forem tão boas assim.
Querida
Progenitora, não me importa sua decepção
Tentar machucar é
perca de tempo, pois nenhuma palavra
Por mais forte que
seja penetrará na armadura do coração.
Não diz mais nada.
Você diz que o meu jeito te pegou sem previsão, que me admiras
demais, que criou um sentimento, que eu te faço bem... Você me pede
para não te deixar ir embora, não agora... Mas quando? Quem sabe quando você
resolver suas confusões, quando você parar com esse romance... Porque amor é
eterno e romances existem vários, certo? [raiva incontida]
Você diz que
minha mente é melhor que a sua... Se eu fosse melhor que você eu nem estaria
preocupada com o que escrevestes e nem estaria aqui, gastando palavras.
Você diz que vai estar do meu lado... E você acha isso mesmo? AH, eu gosto e gosto de você. Consegue compreender a diferença entre os dois? Consegue achar a diferença entre a felicidade e a angústia na transição de um para o outro?
Você diz que vai estar do meu lado... E você acha isso mesmo? AH, eu gosto e gosto de você. Consegue compreender a diferença entre os dois? Consegue achar a diferença entre a felicidade e a angústia na transição de um para o outro?
Você diz que só queria que eu soubesse do sentimento que te tomou, mas que não
era nada... Como assim, não era nada? Você escreve palavras rebuscadas e até
melhor que eu... Pena que eu escrevo com a alma e o meu texto ainda é alguma
coisa;
Então porque você
queria que eu soubesse do nada? Quando eu estou decididamente disposta a ir
embora, tu vens como uma luz... Tempestade. Eu fiquei tão transtornada com o
seu jeito que tive até medo de escrever.
Como escrever coisas
belas, amorosas e não sentir, sentir nada. É pedir para que eu faça o mesmo.
Por favor, o que você quer de mim? Despertas o mais bonito sentimento e depois
abafa com as mais cruéis frases. Frases do cotidiano, afazeres do cotidiano
durante uma conversa importante. Como você acha que eu vou querer falar alguma
coisa? Eu não demonstro para o nada, incerto, incorreto. Parece que você
espera, espera demais de mim. Parece que espera uma segurança da minha parte e
fica indiretamente me indagando sobre o que eu sinto, quero e espero. Lembra
que a parte difícil aqui é a sua, eu não tenho nada para abrir mão e nem
esquecer. Quer dizer, tenho você... Mas você nunca foi meu e nem nunca me
deixou gostar de você.
Enfim, hoje você acertou: Fingir não é estar tudo bem.
Não nos permitiu.
Detesto
conversar sobre besteiras de amor, essa coisa de amor pra mim é muito blá. Quer
dizer, eu achava que era... “E nada
protege de uma paixão vir acontecer.” Pensei em todos os detalhes dessa
estória maluca que estou a viver.
Depois que eu vivi algumas coisas eu me privei
de me apaixonar. Enfim, nos últimos tempos eu não sei o que aconteceu e deixei
meu coração, carente e sozinho, aberto. A paixão é diferente do amor, é uma coisa
passageira e o que ficar depois dela é o amor (Andei assistindo a propaganda da
serenata). Eu me sinto tão bem e tão transtornada perto de minha paixão. Ela me
deixa segura e ao mesmo tempo me deixa sem chão, ela faz com que meu coração
fique calmo com uma frase e quase saindo pela boca com uma palavra, ela faz com
que eu não me importe com o que vão falar de mim. Ela me dá forças pra
enfrentar os meus questionamentos. Ela faz os meus olhos brilharem e me deixa
sem graça quando estamos perto um do outro. Ela mexe com meus instintos e
desejos mais profundos e me faz dizer bobeiras do coração e ao mesmo tempo as
piores sacanagens. Ela me deixa assim, inconstante. É um fogo/frio, riso/choro,
loucura/razão que eu não sei o que realmente sinto.
Ela me lembra que temos que ter calmaria,
embora eu saiba que em nossos corações e corpos predomina uma grande
tempestade. Sabe aquela vontade desesperada de estar perto, de querer só pra
gente, aquela urgência, necessidade de nos misturar e sermos um só? Enfim,
a minha paixão não
me permitiu, não se permitiu, não nos permitiu.
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Príncipe Idiota
Só quem é brega merece um namorado.
Só quem nunca teve envolvimento casual é que merece
flores e bombons na porta de entrada.
Só quem nunca ousou é que merece serenata ao fim de tarde esperando o luar chegar.
Só quem é virgem merece surpresa...
“Tenho PENA de você... Nunca viveu nada verdadeiro.”
Eu mereço? Não, eu não presto.
De acordo com um príncipe idiota eu não sou merecedora de nada. Ele mesmo disse: “Se eu soubesse de tudo antes, eu nunca tinha olhado pra você.”
A grande merda é que me apaixonei pelo tal príncipe e agora se eu quiser flores e bombons na porta de entrada, serenata ao luar e surpresas, eu tenho que pedir, avisar e planejar.
Dia 12/06/2012 – “Talvez eu que o fiz assim, tão sem clichês básicos, porque eu que vim assim: tão sem romantismo.”
Só quem nunca teve envolvimento casual é que merece
flores e bombons na porta de entrada.
Só quem nunca ousou é que merece serenata ao fim de tarde esperando o luar chegar.
Só quem é virgem merece surpresa...
“Tenho PENA de você... Nunca viveu nada verdadeiro.”
Eu mereço? Não, eu não presto.
De acordo com um príncipe idiota eu não sou merecedora de nada. Ele mesmo disse: “Se eu soubesse de tudo antes, eu nunca tinha olhado pra você.”
A grande merda é que me apaixonei pelo tal príncipe e agora se eu quiser flores e bombons na porta de entrada, serenata ao luar e surpresas, eu tenho que pedir, avisar e planejar.
Dia 12/06/2012 – “Talvez eu que o fiz assim, tão sem clichês básicos, porque eu que vim assim: tão sem romantismo.”
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Sentidos.
Vejo-te. Cada vez que o meu olhar encontra o teu, mesmo que
por longos segundos, consegues ver os meus mais ocultos segredos... Hoje chega amor, não quero mais esconder.
Quero que devasse meu olhar que é o meu maior segredo e o encha de lágrimas,
lavando assim, todo o medo da alma. Penso em te falar. Preciso te falar, tudo o
que está aprisionado pelo medo... Tomo coragem e devagarzinho, o medo do amor
se torna areia que se pega com as mãos: Escorre entre os dedos. As sensações aumentam a cada batida forte do
coração: Aquece a garganta e me dá frio no estomago. Tento retomar o fôlego,
para enfim, te falar o segredo. Mas espere, você respira forte também. Quero te
ouvir, cante para mim, as palavras engasgadas, que te fazem suar e perder o fôlego.
Quero ouvir o som das borboletas voando. Você diz pra mim, palavras simples e
sinceras, e por um instante o coração
para de bater e volta logo em seguida, com grande rapidez, que nem asas de
beija-flor. Na madrugada fria, te toco a alma e o corpo. Desliza suas mãos
sobre minhas curvas e me beija a boca. Devora-me a mesa de jantar. Com o coração encharcado de amor e corpos
exaustos, adormecemos ao som do choro dos céus, porque finalmente os guerreiros
abaixaram os escudos e abandonaram as armaduras, para enfim, ficarem nus na
alma.
O pó chamado você na casa do meu coração.
Estava nascendo, crescendo algo
por ti, pena que tu impediste tão cedo de se desenvolver, de florescer... E eu
nunca fui de insistir numa coisa que eu vejo que não irá dar em nada. E você
mesmo confirmou isso pra mim. Eu já tinha imaginado tanta coisa pra gente,
tanta felicidade, tanto amor. Isso tudo agora virará pó e esse pó vai me fazer
adoecer, irei gripar de amor. Tomarei xaropes de músicas tristes, analgésicos
de bebedeiras. Terei febres nas noites de balada e chamarei teu nome quando eu
estiver limpando meu estomago. Irei tomar nebulizações de conversas com amigos,
depois que meu nariz de tanto chorar, entupir. Quando o sol raiar, minha cabeça
irá explodir, terei ressaca de você. Ah, meu bem, quando eu
estiver recuperada irei pegar a vassoura do vinho, o espanador da alegria e
limparei o pó da minha casa e darei uma festa eterna para nunca esquecer de que
um dia eu deixei o pó entrar e sujar toda a minha felicidade.
Familiar.
Outra noite de insônia. João vai à varanda,
o dia está amanhecendo. Ele sente o sol aquecer seu corpo, a brisa leve, um
vento frio, batem no seu rosto. E finalmente ele se sente em paz de novo. Essa
paz que ele deveria encontrar no lar. Ele reflete e se sente vazio recordando
os últimos acontecimentos. Como conviver com personalidades diferentes todos os
dias? Porque é fácil demais viver harmoniosamente com pessoas que tem atitudes
e ideais como os nossos, mas o que se deve fazer quando tudo é desigual? Como
aceitar opiniões e atitudes contrárias a tudo o que a gente é? João está
cansado de se sentir solitário ao mesmo tempo em que está rodeado de pessoas.
Está cansado de ouvir descriminações e abuso de poder. Está cansado do falso
lar. Cansou da incompreensão e da discriminação. É que ele gosta de fazer coisa
proibida pra sentir livre, pra poder, de algum modo, nem que seja apenas aquele
instante, se sentir ele, ele mesmo, sem amarras e mascaras. Ele quer é voar com
as próprias asas, fazer e seguir seu próprio caminho... Mas João já tem essa
liberdade, só que ele paga um preço alto por ela: Aborrecimentos diários. Está cada vez mais difícil achar na sua alma,
mesmo que ele busque lá no fundo, um dia em que valeu a pena viver naquele lar,
e ele se entristece mais ainda quando lembra que este deveria ser um lugar de
apoio, aconchego e amor e dá nele uma vontade desesperadora de ir embora, mas
lhe falta coragem porque de alguma forma ele se sente amado de um jeito
totalmente torto. O sol começa a
esquentar demais e João volta para dentro e coloca pra tocar uma música de
Maria Bethânia, que vai dizendo “Apesar de você amanhã há de ser outro dia” e
se sente melhor outra vez.
Contos.
Ela
precisava escrever. Ela precisava escrever para ele hoje. Ela nunca havia
mencionado, mas se expressava melhor por escrita porque sentia que na fala
sempre deixava algo passar.
Ela
sentia que pra ele a estória deles nada havia significado, pois ele não poderia
ser dela, mas de qualquer forma, ela nunca havia se sentido tão feliz. Ela não
queria viver daquele jeito, não queria sonhar sozinha. Ele queria vê-la e ela
tentou evitar, mas quem disse que seus instintos suportaram? Deixou o desejo
dominar. A culpa era dos dois. Como esquecer a respiração dele mais forte? Toda
aquela vontade de que pertencesse um ao outro, nem que fosse apenas por aquele
espaço de tempo. Ela queria tanto, mais tanto, que precisou deixar a alma
gritar. Ah, como esquecer as suas mãos deslizando sobre ela, puxando para ele,
possuindo-a. Como esquecer todo o caminho que percorreram naquela manhã,
caminho longo entre quatro paredes?! Como deixá-lo ir embora, não simplesmente
ir embora dali, mas ir embora do seu coração. Ela não queria, não quer isso,
mas também não quer o que ele pode lhe dar. É tão pouco, tão curto. Não, raspas
e restos não a interessam. Ela estava conformada com o fim da “Mentira Sincera”
que nem iria se machucar, mas é ele quem ela quer. Hoje, agora, de qualquer
jeito. O sentimento não pode existir. Ele tem medo, apreensão, fidelidade a
amada e ela respeita. Enfim, pensa: Mas meu bem, nem tudo que a gente sonha, é
sonho.
Detalhes de uma fotografia estampada numa tarde vazia.
Pensamentos em estado
gasoso. Dispersos. Sinto que carregas um iceberg no peito e eu com uma
necessidade imensa de ser singular. É só por instantes. “Retratos estampados do nosso amor, em preto e branco” em cima da
mesa. Retrato maldito estampado numa pequena tela. Estampado pra mim apenas.
Chega ser mais que distração, é burrice. Não, espere: É um simples detalhe de
decoração. E o meu medo é que você estampe também no coração. Palavras da alma
travam em minha garganta. A sensação que me traz é de que eu supro um vazio. Retratos
estampados são com o propósito de lembrar. Olhamos e lembramos-nos de um tempo
bom, algo agradável. Como assim, lembrar? Guardar recordações é não esquecer. Não, você ainda não esqueceu seu amor... E começo a acreditar que
realmente existe amor eterno e isso machuca. Parece que vou traçar uma luta que há tempos já está vencida
e embora eu tenha lança e armadura não poderei atacar. Só me defender.
Na
leve olhada que dei senti um frio na espinha quando percebi cada detalhe.
Transparecia um sentimento e para mim foi o pior do dia. Passei um bom tempo
com um nó na garganta e aperto no coração. Evitei ao máximo olhar novamente.
Você guardou a lembrança num lugar onde eu nem procurei saber, embora tarde
demais. Acho que o meu olhar te disse tudo. Quando é que você
vai perceber que são detalhes significantes que me incomodam? Os meus
olhos te revelam o que sinto como não revelam a lágrimas secas que escorrem
deles? Não posso, não quero, não vou te dizer. A cada
lembrança que você não apaga, a cada detalhe que você esquece... Infinitos
pensamentos. Infinitas ideias. Infinitas formas de machucar, mas já te amo e
algum dia te disse que somos um só. Lembra?
Corre amor,
corre pra ser meu e só meu e livre de detalhes passados... Não deixe que com o passar dos anos eu canse e acorde do sonho e
perceba que apenas perdi meu tempo sonhando algo impossível: Seu AMOR por mim.
Eu, andarilho.
Eu, andarilho.
Que por muitos caminhos percorri...
Que por devaneios procurava, nas ruas e estradas
Ao longe te vi.
Eu, andarilho.
Que me aproximei sem perceber,
Que te falei sem saber
Que te fazias surdo as minhas frases.
Eu, andarilho.
Fiz do meu corpo tela e te dei.
Pincelastes: vermelho amor, amarelo sol, verde flor.
Pintou um sorriso
em meus olhos. Disfarce da partida.
Eu, andarilho.
Que achei ser raio de trovão, sorriso em multidão.
Que estaquei o arbítrio de te querer
Retraí o coração e segui.
Rimas tristes e sem graça.
Tu me dizes que tem um presente
Um presente lindo pra me dá
Fico curioso com o que pode ser
Estarias tu a querer me surpreender?
O dia passa com lentidão,
Eu aqui, imaginando um montão
Quase sufocando de tanta emoção.
Chega a hora do agrado
Espere, não era presente.
Era apenas teu sobrado...
Vem correndo...
Vem correndo, depressa!
Que o tamanho
dessa espera
É de partir o
coração.
Vem correndo, ardendo!
Quero ver nossos
corpos fervendo
Tentando abrandar
essa inquietação.
Vem correndo, sem medo!
Que o que bate em
meu peito:
Coisa que os olhos
jamais verão.
Vem correndo, sem demora!
Porque já está
chegando à hora
E os desejos se
esvairão.
Vem correndo, sem pudor!
Com firmeza, força
e sabor.
Vem correndo, meu
amor!
Everything to me.
Seja doce.
Quero longos olhares, beijos eternos.
Me pega ao colo, leva-me ao ninho para dormir abraçados.
Seja intenso.
Quero o tremor nas pernas, sem ar para respiração.
Seja simples.
Quero andar de mãos dadas, quero olhar estrelas.
Seja firme.
Quero tapas, gritos de prazer, arrepios no corpo.
Dominação. Domina-me como a um leão:
Corte-me as garras e quebre os dentes afiados.
Seja você.
Amo-te com defeitos, até mesmo, os que ainda vou
conhecer.
E sabes por que vê quando olha em meus olhos, sente
quando toca em minhas mãos.
Ainda não acredita:
Pergunte ao vento, ele vai sussurrar o que eu vivo
dizendo: Amo você, amo você, amo você...
Somente flores.
Você é como as flores.
É primavera agora.
O
coração aperta, maltrata e sufoca.
Quero ir ao cemitério e deixar você lá.
Quero um sepulcro bem bonito com os dizeres:
“Eterno enquanto durou.”
Somente flores. Arrancarei de mim seu
perfume e beleza.
Eu irei levar belas flores: Rosas,
margaridas e girassóis.
Belas flores eu irei levar: Orquídeas e
tulipas.
A cada visita irei deixar um pouco de mim.
Estará a minha procura, o seu pensamento?
A cada visita irei deixar um pouco de você
que está em mim.
Todos os dias, a frase terna eu irei dizer:
Eu me pergunto agora, meu amor, se será
possível,
Um dia, deixar de amar assim.
Um trecho de amor.
O seu sorriso iluminou os caminhos mais inóspitos de
minha alma.
Você caminhou trazendo um
pouco de esperança por lugares que tinha marcas
Que eu nem sabia que
existiam. Você é paz.
O seu amor incendiou o meu coração gelado.
Você se fez felicidade e deu-se pra mim.
Tento te mostrar o que
sinto através de palavras,
Mas o excesso não cabe no
meu falar.
Quero cantar, um canto
bonito, nosso canto de amor...
Dizendo que mais feliz não
poderia ser, que eu não posso
Ter tudo, mas enquanto eu
tiver você me sentirei plena.
Midnight
É quase meia noite.
Escrever sempre me
traz um pouco de você
Vago pela casa com o
tédio me fazendo companhia
Sim, estou sentindo
tua falta
É quase meia noite.
Suas roupas ainda
estão espalhadas pelo chão e eu não quero pegar
Seu cheiro ainda está
em meu corpo e eu não quero tirar
Nossa cama ainda está
bagunçada e eu não quero arrumar
Sim, eu preciso de
você aqui
É quase meia noite
Tem música pela casa,
suas cordas estão soltas por aí
Ainda consigo-te
ouvir afinando a guitarra
Fá, Lá menor, Ré
menor, Dó, Fá, Ré, Do, Do
Sim, ainda tem você
aqui
É quase meia noite
Mais algumas horas,
você irá chegar para dormir comigo
Envolta em seus braços,
coberta de beijos de boa noite e
Com brilho nos olhos
irei dizer: Demorastes a chegar.
Sim, fica pra sempre.
Avulso
Limpo e inocente. Imenso.
Meu sentimento por ti, só por ti.
Super herói. Como um pai, pra mim.
Cristal. Delicado e brilhante. Multicolorido.
Minha admiração por ti.
Me salvavas, de mim.
Olhar. Olhos altivos em ti.
Sentimento transparente, sem reservas.
Bonito assim.
Ruptura. Partindo o coração.
Seu amor, por mim,
Nunca pensei que fosse tão efêmero assim.
O rosto do meu amor.
Nasce do olhar a esperança de se ouvir
palavras gentil. Olhar iluminado que, quando se aperta eu faço força para
aspirar à alegria do sorriso. Degusto o teu beijo e sinto, sempre, como se
fosse o primeiro.
Cheiro de saudade.
Pensamento inoportuno em hora inapropriada.
Ainda não consegui tirar você da cabeça. Um abraço apertado, um beijo molhado,
um olhar encantado. Uma imaginação em você. Eu preciso é atrofiar você em mim e
fazer de ti uma lembrança remota. Como proceder? Pergunta sem resposta.
Despedir-me de você não vai ser simples.
Você foi como uma tempestade em minha vida. Veio, destruiu tudo o que existia.
Depois de tudo estar limpo, branco, em paz. Vieste e pintaste meu coração como
um pintor a tela. Só esquecestes-vos de assinar em baixo, então, a tela nunca
poderia ser somente sua. Ah, meu bem, não fazia falta. Eu não queria que você
fosse meu, mas, talvez, eu precisasse dos seus braços fortes, das suas mãos
quentes... Abraço, beijo, respiração ofegante.
“É mágica... Na verdade, é mais que isso. É
que com a gente é diferente.” Nunca me deixei levar. Hoje, preciso ir, ficarás
bem, tenho certeza. Nunca mais ouvira falar de mim. Poderia até dizer que nos
encontraremos de novo, mas o que sinto é infinito. Encontrei alguém que quer
ser só meu e eu quero (e sou) ser só dele. Adeus.
É sério amor, me acredites: Alma gêmeas.
Ó só, a gente nasceu um pro outro.
Quando nos mandaram de volta a terra
Quando nos mandaram de volta a terra
Procuramos vidas que se entrelaçassem
Porque não iríamos poder viver um sem o outro.
Meu bem ia ser tanta infelicidade... Ia ser de dá dó.
Como viver sem teu sorriso,
sem aquelas dores no peito do sentimento demasiado?!
A minha alma não suportaria ficar longe de ti!
sem aquelas dores no peito do sentimento demasiado?!
A minha alma não suportaria ficar longe de ti!
Não poderiam mandar você sem mim...
Te ver partir assim ia ser de cortar o coração!
Mas... Talvez... Não sei.
Te ver partir assim ia ser de cortar o coração!
Mas... Talvez... Não sei.
Sinto que mesmo longe seu amor iria ficar me zelando...
Acordaria novamente com seus pequenos olhos
A me olhar e guardar o meu sono.
Nêgo meu.
Ô nego de raça! Convicto e amigo.
De poucas palavras... Sorriso encantado.
E eu tenho fascínio por esse sorriso.
De poucas palavras... Sorriso encantado.
E eu tenho fascínio por esse sorriso.
Ô nego bonito! Chega dá uma dor.
Braços fortes, mãos precisas, beijo quente.
Quando me ama... Ah! Eu perco o tom.
Ô nego amante! E sabe me valorizar.
Quando me ama... Ah! Eu perco o tom.
Ô nego amante! E sabe me valorizar.
E dele sou! Sou só a nêga dele...
Apenas por eu não querer ser a nêga de mais ninguém.
Apenas por eu não querer ser a nêga de mais ninguém.
Conversa com o garçom.
Por
favor, garçom, me trás de volta aquele show, aquele canto bonito e amigo.
Aquela vida boêmia de bebedeiras até o amanhecer,
umas danças em cima da mesa e conversas culturais.
Vai garçom, por favor... Me trás aquelas risadas do nada, aquelas broncas
e as histórias do meu amigo.
Aqueles lanches de dois tonhim, as novas pessoas e aqueles erros ocasionais.
Lembro-me do brotar de novos amores, daquele menino que roubou um beijo e correu pro táxi
e daquela menina que chorou no banco da praça.
Ah garçom, sabe o que é? É que aquilo ali era tudo amor.
Porque de nada adiantava se a gente não se entregasse...
Porque amar verdadeiramente é viver numa entrega total.
E se você me acha muito sentimental, deixe!
Besta é você que não viveu tantas aventuras e perdeu a chance de ter uma saudade pra chorar.
Aquela vida boêmia de bebedeiras até o amanhecer,
umas danças em cima da mesa e conversas culturais.
Vai garçom, por favor... Me trás aquelas risadas do nada, aquelas broncas
e as histórias do meu amigo.
Aqueles lanches de dois tonhim, as novas pessoas e aqueles erros ocasionais.
Lembro-me do brotar de novos amores, daquele menino que roubou um beijo e correu pro táxi
e daquela menina que chorou no banco da praça.
Ah garçom, sabe o que é? É que aquilo ali era tudo amor.
Porque de nada adiantava se a gente não se entregasse...
Porque amar verdadeiramente é viver numa entrega total.
E se você me acha muito sentimental, deixe!
Besta é você que não viveu tantas aventuras e perdeu a chance de ter uma saudade pra chorar.
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